Follow Us @soratemplates

28 novembro 2017

Análise do filme documentário Pedra da Memória

Assistindo ao documentário “Pedra da Memória” é possível perceber que a cultura pode ser bem parecida mesmo em dois lugares muito diferentes e muito distantes, como é o caso das culturas das comunidades afro brasileiras no nordeste e a das comunidades de Benin. Embora não tenham tido contato anterior, os rituais são bem parecidos, de forma que se não estivermos atentos às legendas que indicam os lugares de cada cena, podemos achar que tudo acontece no mesmo lugar.
O casal de brasileiros que estavam assistindo aos rituais em Benin, a todo momento expressam a sua admiração por aquele povo, sempre salientando às semelhanças e diferenças que perceberam entre os rituais que estavam assistindo lá e os que eles participam aqui no Brasil.
A frase que mais me marcou foi a de Isabel Onsemawyi, que disse:  “O que mais me chamou atenção, o que mais me mexeu, foi o povo na beira da praia, com seus olhares distantes, como se tivesse buscando vidas que se foram naquela praia e que não voltaram mais.” Fiquei pensando muito nesta frase, e é de certa forma triste, saber que sou fruto, descendente destas vidas que foram tiradas de lá a força, levadas pra sofrer em terras desconhecidas. Mas mesmo assim, o povo de lá não se deixa abater, lida com tudo com um lindo e inspirador sorriso estampado no rosto e com uma alegria fora do comum, que contagia quem vê.
Fiquei também muito curiosa para entender sobre os movimentos das danças, tanto dos africanos quanto dos brasileiros, acredito eu que cada movimento tem um significado e gostaria de compreendê-los melhor.
É interessante  ver também as crianças, desde pequenas já participando dos rituais e festas, me pergunto também como elas são “treinadas” para participar, se elas escolhem, ou se seguem os passos dos pais. 
A frase “ A minha faculdade, universidade mesmo, é o mundo, é o tempo” dita por Euclides Talabyan, a meu entendimento, quer dizer que todo conhecimento que ele adquiriu, foi a vivência. Infelizmente, nosso sistema de educação, ainda é muito eurocentrado, se preocupando muito com as histórias ocorridas na Europa, e se esquecendo de nossas origens africanas. Euclides e Isabel não teriam aprendido tanto sobre sua ancestralidade se estivessem em uma universidade quanto aprenderam em contato com os africanos, e em sua vida, inseridos em uma comunidade que preserva esta cultura.
Você pode assistir ao documentário gratuitamente clicando aqui.
Trabalho da Disciplina Introdução à Antropologia. (tirei total rs) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário